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O YouTube está a testar novas maneiras de tornar seu algoritmo ainda mais viciante

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Conteúdos de ideologias controversas ou extremadas não faltam no YouTube, pelo que a plataforma procura minimizar a sua amplificação. Esta amplificação deve-se ao funcionamento do algoritmo de recomendação do site que tende a criar uma experiência aditiva que impede outras visualizações. O algoritmo de recomendação é dos sistemas de aprendizagem mecânica mais poderosos da atualidade, dada a sua capacidade de formatar a informação que consumimos. Funciona baseado num sistema de compilação e organização de listas de vídeos, correspondentes ao tópico/características do que visualizamos, clicamos, gostamos e interagimos. E, é otimizado para fazer com que as pessoas engajem com o vídeo ao oferecer escolhas que procuram e reforçam o que o utilizador gosta ou acredita. Daqui poderá advir a chamada “radicalização do que se consome”. O algoritmo de recomendação do YouTube, em específico, salienta-se pela sua grande influência na utilização da própria plataforma. 70% do que os utilizadores visualizam é através de recomendações.

Esta “tendência implícita” inerente ao algoritmo pode mesmo afetar o comportamento do utilizador e as métricas de análise do mesmo. Torna-se dificil de perceber se o utilizador clicou num vídeo por ter gostado dele ou porque foi recomendado. Ao longo do tempo, o sistema pode mesmo afastar o utilizador dos vídeos que realmente quer ver.

Publicamente o Youtube assume estar a trabalhar nestes problemas, mas a Google, por sua vez, propõe uma atualização do algoritmo que recomende conteúdo ainda mais direcionado.

https://www.technologyreview.com/s/614432/youtube-algorithm-gets-more-addictive

Fonte: Karen Hao in MIT Technology Review


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